sexta-feira, 26 de novembro de 2010

LAB#7



O REVÓLVER DE TRAZER POR CASA

Querem fazer de mim o revólver de trazer por casa
fizeram já de mim o revólver de trazer por casa
aquele que toda a gente uma duas vezes na vida
encosta por teatro a um ouvido
que acaba por se fechar envergonhado

Um bom revólver domesticado
algumas noções de pré-suicídio mas não mais
que a vida está muito cara e a aventura
nem sempre devolve o barco que lhe mandam

Quem espera por mim não espera por mim
e talvez me encontre por um acaso distraído
mas no meu obsceno mostruário de gestos
guardo o mais obsceno
para quando a ilusão se der

Alexandre O’Neill
in "Poesias Completas" Lisboa: Assírio e Alvim, 2000


1º Momento

1. Para dar início ao exercício, todos os alunos terão de se colocar de frente para o ecrã de projecção.
2. Será dada, a cada um dos alunos uma câmera, que está ligada ao projector de video, tal como uma folha com uma das palavras assinaladas. O aluno terá 30 segundos de preparação para iniciar a filmagem e transmissão, que deverá representar a palavra/conceito dado no poema. A transmissão/gravação deverá ter uma duração de 30 segundos.
3. Após a filmagem o aluno entrega a sua camera a um colega de modo a dar seguimento ao exercício, que deverá passar por todos individualmente.

2º Momento

1. Formar três grupos de trabalho. A cada grupo ser-lhe-á entregue uma estrofe do poema "O Revólver de trazer por casa" de Alexandre O`Neill.
2. Cada grupo terá que filmar num único plano, com um tempo máximo de um minuto, uma imagem-encenada, sem presença humana, que represente o excerto respectivo.
3. Após o material filmado, proceder-se-á à sua digitalização e à edição das imagens filmadas de cada excerto, de modo sequêncial, repeitando a estrutura do poema.

victorjorgegomes@gmail.com

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

LAB#6 - Quarta feira - 09 de Novembro de 2011

O objectivo deste laboratório é explorar novos "espaços" e contextos" para a projecção da imagem, distintos do comum ecrã de cinema. Através deste exercício procurar-se-á uma relação nova e complexa entre a imagem e a sua superfície de projecção.

1.Formar dois grupos de trabalho.
2.Realizar uma filmagem - de um único plano fixo - com a duração máxima de dois minutos. Realizar os takes que se achar necessário até se obter a sequência com a duração de tempo pretendida.
3.Projectar a imagem filmada, sem ediçao, numa superfície ou objecto.

Atenção:definir, antes das filmagens, o local ou o objecto da projecção de modo a contrlarem-se aspectos como a escala e a luminusidade, com vista a conseguir-se um resultado o mais próximo possivel do conceptualizado.

Notas: ver exemplos de: Tony Ourler, Hugo Guerreiro, Krzysztof Wodiczko e Robert Whitman.

victorjorgegomes@gmail.com/


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

LAB#5 Quarta-feira, 10 de Novembro de 2010






"O facto de o video funcionar num circuito fechado entre a câmera e monitor video permitindo uma instantaneidade da imagem, está desde logo a colocar questões semelhantes às que o espelho coloca. Se frente ao espelho de processam mecanismos de confronto do Eu (Lacan, 1999/1966), teremos em aberto essa possibilidade com o video. Esta questão coloca-se em relação ao video não só por trazer a possibilidade de se proceder à gravação e transmição das imagens no mesmo instante, mas também porque a história do video é também uma história do corpo: muitas das obras dos artistas produzidas nesta altura usam o próprio corpo como instrumento de trabalho, colocando mais uma vez a natureza do vídeo muito próxima da natureza do espelho".

Cristina Mateus in Vector (e-zine), Julho 2005.


Formar grupos de quatro pessoas em que a partir da ideia de auto-representação, se filme individualmente (contando com o apoio técnicos dos colegas) dois planos fixos contínuos. Cada plano deve ter a duração mínima de 1 minuto e máxima de dois.

1ºPlano- cada aluno deve registar a sua -IMAGEM-ESPELHO-um plano fixo que seja um auto-retrato em que o corpo seja um elemento preponderante.

2ºPlano-cada aluno deve registar uma -IMAGEM QUE ESPELHA-um plano que não contenha a imagem do corpo, mas que funcione como auto-retrato subjectivo.

Após o material filmado realiza-se a digitalização.


victorjorgegomes@gmail.com

domingo, 7 de novembro de 2010

LAB#4








Após as filmagens realizadas na aula anterior, em que cada grupo procurou construir uma sequência de acontecimentos na qual fosse integrada a reconstituição de uma imagem fornecida:

1. Proceder-se-à à digitalização do material.

2. Iniciar-se-à o processo de edição, com vista a produzir um trabalho final não sonorizado, que tenha uma duração no mínimo 2 minutos e no máximo de três.


"Keep a cool head", Erwin Wurn (2003)


victorjorgegomes@gmail.com

LAB#3

26 de Outubro 2011-Quarta-feira


imagem: frame do filme "Pedro o Louco" de Godard
1ª secção:

1. A partir da imagem projectada elabore um pequeno texto que seja uma descrição da cena e que inclua um breve e sucinto esboço fictício das personagens e da acção antes durante e depois da imagem fornecida.

2ªsecção:

2. A segunda imagem fornecida é um “frame” do vídeo a realizar. Terá que se reconstituir com a verosimilhança possível este instante e integrá-lo numa sequência videográfica, que terá após a sua edição entre 2 a 3 minutos.


a) Formar 2 grupos de trabalho.
b) Construir uma sequência de acontecimentos na qual esteja integrada a reconstituição da imagem fornecida. Realizar não mais de seis planos distintos. Podem repetir-se os takes as vezes que se considerar necessário.
c) Após o material filmado proceder-se-á à sua digitalização.



A imagem fornecida como frame para a realização do vídeo é do artista austríaco Erwin Wurm e intitula-se "Keep a cool head" (2003).

[Image]
“Keep a cool head”Erwin Wurm


victorjorgegomes@gmail.com

LAB#2 Quarta feira,19 de Outubro 2011

1º Momento

Num espaço limitado e composto por pontos específicos previamente assinalados no chão:

1. Os Os alunos terão que se colocar isoladamente nos pontos definidos.
2. Será dada a um dos alunos uma câmera.
3. Nos momentos em que fôr audivel o som emitido, os alunos terão que se deslocar continuamente entre os pontos marcados.
4. Quando se quebrar a emissão sonora, todos os alunos param no ponto onde se encontram, permanecendo estáticos. Somente o aluno que tem a câmera se desloca para junto do colega que lhe está mais próximo e filma-o, captando um pormenor deste. uma orelha, uma mão, um braço, um sapato, etc.
5. A filmagem será interrompida pelo retomar do som e nesse e nesse momento a câmera é transferida do aluno que filmou para o aluno que foi filmado.
6. Inicia-se de seguida um ciclo até à próxima interrupção som+nora.

2º Momento

Por oposição, no segundo momento a captação de omagem terá que ser trabalhada de uma forma extremamente controlada e cuidada, exigindo-se uma especial atenção ao movimento do corpo.

1. Formar 2 grupos de trabalho.
2. Definir um plano fixo (a câmera terá que estar imóvel, preferencialmentecolocada um tripé).
3. Filmar em dois momentos distintos, dois elementos do grupo.
4. O primeiro a ser filmado executa uma acção simples.
5. O segundo ocupa o lugar do primeiro e repete os seus gestos o mais sincronizadamente possivel.
6. Após o material filmado, irá proceder-se à sua digitalização e à edição das imagens sobrepostas, trabalhando os valores de opacidade, de forma a produzir um resultado que seja o mais metamórfico possivel


victorjorgegomes@gmail.com

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

LAB1_12 Outubro, 2011

1ª aula laboratório1

a)Formação de dois grupos.
b)É fornecida uma base sonora comum aos dois grupos com 2,12 segundos.
c)É entregue um conjunto de slides distintos a cada grupo.
d)Durante a execução do exercício é dado um último elemento.Inclusão de 10 segundo de silêncio.

Com o material disponibilizado, os grupos reunem-se e iniciam o trabalho, no sentido de filmar num só take uma sequência de imagens fixas, tendo como base estruturadora o som.

No final do exercício os dois grupos visionam em conjunto o trabalho concretizado.

Base sonora: Morton Feldman-"Uma peça de música para Beckett"
Imagens fixas de: Paulo Pascoal e Augusto Alves da Silva.








Victor Jorge, 13 de Outubro de 2010
victorjorgegomes@gmail.com